Final


Parece que foi ontem que os mais recentes enfermeiros do nosso país, cortaram o cordão umbilical com a Universidade, eu incluída.
Por muito bonita que seja a Benção das Fitas, com toda a nossa Academia, para mim não existe celebração mais bonita e sentida do que a Missa de Finalistas de Enfermagem.
Desde a farda que vestimos, aquela que foi a última vez que vestimos, mas que simboliza a profissão que amamos e que vamos exercer...
O atirar da capa negra para o lado, simbolizando o abandono do negro do traje, do ser estudante e passarmos a ser verdadeiros enfermeiros...
O chamarem o nosso nome para recebermos este símbolo da nossa profissão, aquela lamparina que a primeira de nós, usava para iluminar o seu caminho dos longos corredores escuros e frios, onde se encontravam os feridos da guerra...
O juramento que fizémos, que nos guiará para o resto da nossa vida...
A atuação da Tuna da nossa Escola nos Claustros da Sé, com as músicas que nos acompanharam ao longo destes quatro anos...
As lágrimas da despedida que retratavam todo o trabalho, as alegrias, as tristezas, as faces de muitos dos doentes que gentilmente nos permitiram cuidar deles, o sair do seguro e da certeza...
Estou orgulhosa de ter organizado esta belíssima Missa de Finalistas...
Sinto-me orgulhosa destes quatro anos, daquilo que fiz e não mudava uma única coisa no meu percurso.
Obrigada a todos aqueles que por mim lá estiveram e penso que não preciso dizer mais do que isso, porque vocês sabem o quão grata eu estou.

Eu, mais recente Enfermeira portuguesa, apresento-me hoje ao serviço para lutar pela nossa paixão e para cuidar de todos aqueles que de mim precisarem!

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