Porquê?

E porque ando numa de livros (ora que ninguém o diria). Ainda vou a meio do primeiro livro desta série de dois (sim tal como duas que postei anteriormente), The Edge of Never, da autora J. A. Redmerski, cujas personagens principais são: Camryn Bennett e Andrew Parrish


Posso ainda ir apenas a meio do primeiro livro, mas porque será que gostei de caras deste livro? Talvez porque inclui o facto de uma rapariga, quase da mesma idade que eu, fazer aquilo que sempre quis fazer: pegar numa mala com algumas roupas e apenas conduzir por aí. Sem GPS, sem mapa, sem destino definido, sem relógios. Apenas aventurar-me por aí. Descobrir localidades portuguesas, descobrir pessoas... Descobrir o que quero para a minha vida.
Sinto-me de certa forma como a personagem principal do livro, que faz aquilo que faz porque é suposto isso ser feito e porque terceiros esperam que seja isso a ser feito por nós. É suposto estudarmos, é suposto tirarmos um curso, é suposto procurarmos emprego, é suposto arranjarmos trabalho, é suposto...
Tudo é suposto neste mundo, para estas mentalidades... E se aquilo que é suposto fazermos, não nos fizer sentir felizes? Concretizados?
Já não é a primeira nem a segunda vez que penso aliar a minha profissão a este meu desejo: pegar na mala e fazer uma missão humanitária em algum país durante uns meses mas, depois penso e outros fazem-me pensar: E os teus pais? E isto? E aquilo? Sendo um pouco egoísta, porque é que para tomarmos decisões, temos que primeiro pensar no bem-estar dos outros? No que os outros querem de nós? No que os outros precisam de nós? No que os outros esperam de nós? Porque não podemos pensarmos naquilo que queremos e que nos poderá fazer bem?  Não podemos ser egoístas? Não podemos pensar em nós próprios?
Sinto que de certa forma sou uma ignorante, que tem como os burros aquelas palas para olhar em uma única direção. Porque é o que é requerido à sociedade de hoje. Olhar para um só sentido! Porque quem consegue ver tudo o que o rodeia e tem a sua própria voz, é considerado um perigo. Queria alargar um pouco o meu campo de visão, ver o mundo com os meus próprios olhos, ter mais noção daquilo que me rodeia.
E, em vez de perguntar Porquê? perguntar Porque não?
Porque não pensar em mim primeiro? Porque não editar um livro? Porque não aprender música? Porque não viajar sem destino definido? Porque não ajudar pessoas que não têm dinheiro para procurarem ajuda? Porque não fazer uma simples tatuagem? Porque não ser diferente?

E aconselho o livro, que através de uma escrita e enredo simples, conseguem pôr-te a pensar no que afinal queres para a tua vida.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Noite de Passagem de Ano

Sunshine

Afinal não tão dividida